O espectro do fim da dominância absoluta do dólar ronda o sistema monetário internacional há alguns anos, embora ainda como uma possibilidade distante. A diferença é que, agora, são os Estados Unidos que, paradoxalmente, estimulam outras potências — em especial a China — a buscar a ampliação do uso de suas moedas no sistema internacional. O presidente Donald Trump, ao mesmo tempo em que ameaça punir quem contesta a dominância do dólar, produz ou agrava incertezas quanto à confiabilidade da moeda americana.
Para melhor entender a dinâmica desse processo e suas consequências para a economia mundial e nacional, convidamos dois economistas brasileiros com sólida formação acadêmica e larga experiência como policy makers no país e no exterior.

Foi vice-presidente e diretor executivo no Banco Mundial, vice-presidente no BID, diretor executivo no FMI e secretário de Assuntos Internacionais no Ministério da Fazenda. Atualmente, está no Policy Center for the New South e na George Washington University.

Foi vice-presidente do Banco de Compensações Internacionais (BIS), diretor do Banco Central do Brasil e ex-Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. Atualmente, é professor visitante na London School of Economics, na Universidade de Tóquio (Japão) e no Sciences Po (Paris).

Diretor geral da Fundação FHC, cientista político e Distinguished Fellow of the Kellogg Institute for International Studies.
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